O Brasil estava 22 anos sem um título sulamericano, desde 1922 não experimentava o gostinho de ser campeão, que já havia conquistado também em 1919. A campanha do título do Sulamericano de 1949, disputado no Brasil, que teve São Januário como um dos estádios utilizados na competição, foi digna de cinema, do jeito que o torcedor gosta, recheada de gols, muitos gols, foram 46 gols a favor (melhor ataque) e apenas 7 sofridos (segunda melhor defesa), um saldo de 39 gols a favor, em 8 jogos disputados. Goleou quase todas as seleções que enfrentou, goleou 6 de 7 equipes, à exceção do time do Chile. Venceu a Bolívia por 10 a 1, o Equador por 9 a 1 (em São Januário), o Paraguai por 7 a 0 (em São Januário, jogo que valeu o título para o Brasil, recorde de público oficial, em uma partida de futebol, do Estádio São Januário, com a presença de 55.000 torcedores), tendo vencido ainda de goleada, durante o campeonato, o Peru por 7 a 1 (em São Januário), a Colômbia por 5 a 0 e também o Uruguai por 5 a 1 (em São Januário). Venceu ainda o Chile por 2 a 1 e perdeu um jogo, quando podia perder, para o Paraguai, por 2 a 1. A base da Seleção era do Expresso da Vitória vascaíno, Campeão do Sulamericano de 1948, disputado no Chile, literalmente uma Selevasco. Dentre os jogadores vascaínos da Seleção Brasileira estavam o goleiro Barbosa, o zagueiro Augusto, os meias Ely do Amparo e Jair Rosa Pinto (artilheiro da competição com 9 gols), o volante Danilo Alvim (conhecido como “o príncipe”), o ponta esquerda Tesourinha (vice artilheiro da competição, ao lado de Ademir de Menezes, com 7 gols) e o atacante Ademir de Menezes (“o queixada”, vice artilheiro do Torneio, com 7 gols, junto com Tesourinha). O treinador era Flávio Costa, também do Expresso da Vitória. Compunha também o elenco brasileiro jogadores como Zizinho, que chegou a jogar uma partida, em sua carreira futebolística, no Vasco da Gama. A Seleção da Argentina não disputou a competição, mas também já chegou a ser goleada no Estádio do Vasco, por 6 a 2, em partida disputada em 20/12/1945, válida pela Copa Rocca daquele ano, a maior goleada aplicada pelo Brasil na Argentina, na história do confronto, quatro anos antes do Sulamericano de 1949 vencido pela “Selevasco”.
Dia: 4 de setembro, 2020
Vascaíno/vascainidade
Quem torce para o Vasco é vascaíno, todo vascaíno sabe, mas o amor que a torcida do Vasco tem pelo clube é um sentimento de vascainidade indescritível. O termo “vascainidade” foi criado pelo jornalista, escritor, compositor e pesquisador vascaíno, Sérgio de Oliveira Cabral Santos, autor do livro do Centenário do Clube de Regatas Vasco da Gama (1998).
Gritos das torcidas nas arquibancadas
A torcida do Botafogo grita fogo.
A torcida do Fluminense grita nense.
A torcida do Flamengo grita mengo.
Todos os times citados acima são chamados de forma abreviada, nas arquibancadas, mas o Vasco é Vasco, sem abreviações.
Maior goleada do Clássico da paz
A maior goleada da história do clássico Vasco e América foi em 12/02/2011, quando o Vasco fez 9 x 0 no América, em partida válida pelo Campeonato Carioca.
Simbolismo do escudo do Vasco
O preto representa os mares nunca antes navegados, a faixa branca representa os caminhos descobertos por Vasco da Gama e a cruz representa a fé em Cristo (Cruz da Ordem de Cristo), estampada nas caravelas dos tempos dos descobrimentos, a Cruz de Cristo dos Cavaleiros Templários de Portugal, a Cruz do Clube de Regatas Vasco da Gama, a Cruz que todo vascaíno carrega consigo. O clube, ao longo da sua história, utiliza a Cruz de Cristo e também a Cruz Pátea, inicialmente usada na Ordem dos Templários, a qual foi denominada, no Clube de Regatas Vasco da Gama, de Cruz de Malta (que tem associação com a Ordem dos Cavaleiros de Malta, “Cavaleiros Hospitalários”, que remete ao período das Cruzadas), fazendo parte do hino do clube, “a Cruz de Malta é o meu pendão”.
Os escudos e os uniformes do Vasco e da Seleção Brasileira trazem a Cruz
O Vasco da Gama e a Seleção Brasileira têm o simbolismo da Cruz em suas trajetórias de muitos desafios e vitórias. A cruz no escudo do Vasco da Gama data de 1903 (desde o primeiro escudo) e a cruz no escudo da Seleção Brasileira data de 1916 (desde o terceiro escudo).
Vasco x Flamengo na Gávea (campo do Flamengo), a vantagem é do Gigante da Colina
O time que saiu vencedor no primeiro jogo entre Vasco e Flamengo na Gávea (na inauguração do Estádio, em 04/09/1938) foi o Gigante da Colina, com 2 gols de Niginho e sem levar nenhum gol, um triunfo por 2 a 0 para o Cruzmaltino, que também possui vantagem histórica no confronto, com 7 vitórias, 1 empate e 6 derrotas.
Todos os jogos entre Vasco e Flamengo na Gávea:
04/09/1938 Vasco 2 x 0 Flamengo
11/06/1939 Vasco 2 x 0 Flamengo
15/09/1940 Vasco 0 x 3 Flamengo
01/06/1941 Vasco 1 x 3 Flamengo
05/10/1941 Vasco 0 x 1 Flamengo
28/06/1942 Vasco 0 x 1 Flamengo
29/10/1944 Vasco 0 x 1 Flamengo
18/11/1945: Vasco 2 x 2 Flamengo
06/10/1946: Vasco 4 x 3 Flamengo
19/07/1947: Vasco 2 x 1 Flamengo
30/11/1947: Vasco 5 x 2 Flamengo
24/10/1948: Vasco 3 x 2 Flamengo
13/11/1949: Vasco 2 x 1 Flamengo
15/01/1967: Vasco 0 x 2 Flamengo